Os Quatro Caminhos a seguir, cada um baseado em um
arquétipo, compõem o Caminho Quádruplo, Os Quatro Caminhos ou as Quatro
Direções. Assim, o Caminho Quádruplo nada mais é que um instrumento de auto conhecimento;
uma composição ou resumo das sapientíssimas
tradições xamânicas desde o seu berço.
Os insights prestados pelos exercícios, nos conduzem à
clareza e transparência, que nos faz optar por um caminho dentre os quatro, de acordo com o
nosso potencial energético, que se retrata muito na nossa existência terrena. O Caminho Quádruplo faz com que o ser humano
– ao assumir o seu arquétipo Guerreiro, Visionário, Curador ou Sábio – participe da vida com mais
determinação, liberdade e responsabilidade como o ser espiritual que é, lembrando
que ele é uma Alma com uma vestimenta carnal chamada “corpo”, que lhe permite
viver na baixa freqüência da Terra e que a recíproca de uma vestimenta carnal chamada “corpo”, com uma Alma, não é verdadeira.
Muitos assumem o termo “Mestre” em vez de “Sábio”, porém a
“Mestria Espiritual” não pertence aos encarnados, mas aos Iluminados, que portanto,
já passaram pelos Estágios da Alma. A Roda da Cura de Sun Bear, diz, muito
sabiamente dos Quatro Caminhos onde se encontram “os Seres Pedra” representados
pelas pedras 25, 26 e 27 ao norte, cujo Espírito Guardião é Waboose; pelas pedras 28, 29, 30 ao leste, cujo
Espírito Guardião é Wabun; 31, 32, 33 ao
sul, cujo Espírito Guardião é Shawnodese e 34, 35, 36 ao oeste, cujo Espírito
Guardião é Mudjekeewis.
Conheça a Roda da Cura ou Roda Medicinal de Sun Bear no
livro “Dancing with the Wheel”, a Sun Bear Book.
O Caminho do Guerreiro deve ser visto pela sua capacidade de
liderança; o do Curador, pelas atitudes em manter e conservar a saúde e o meio
ambiente; o do Visionário pela criatividade e capacidade de trazer à Terra os
ideais e visões de vida com responsabilidade e o do Sábio, pela capacidade de
compartilhamento, conhecimentos e sabedoria do Alto.
As sábias tradições xamânicas recorrem ao poder dos quatro
arquétipos, para viver em harmonia, equilíbrio com a Natureza, com a Natureza Interior e responsabilidade como
Ser Espiritual que é: o Guerreiro, o Visionário, o Curador e o Sábio.
Resgatamos a nós mesmos quando aprendemos a viver esses
arquétipos interiormente. A proposta é através das “danças” em torno de si, de
todos os povos, já que são partes de nossas tradições humanas. A vida é tecida
fio à fio quando acessamos a medicina do coração, usando o conhecimento
universal da sabedoria, das direções e o que os Elementos da Natureza contém. A
caminhada pelos arquétipos é a trilha a ser seguida para uma melhor qualidade
de vida em todos os sentidos.
*O Caminho do Guerreiro – norte = estar sempre presente; é a energia da Alma, que nos acessa aos meios
humanos da presença, do poder e compartilhamento. Os meios humanos são a
meditação e o poder.O caminho da cura é a dança; o instrumento é o maracá; a
estação do ano é o inverno; o elemento é o ar e os animais são as criaturas
aladas.
Ser Guerreiro é perseguir os ideais; é a força energética
d’Alma e o viver-estar sempre presente.
*O Caminho do Visionário – leste = ser verdadeiro não se
sentindo culpado, não culpando ou julgando alguém. A verdade sem restrição ou
julgamento desenvolve a visão e intuição interior.Os meios humanos são as
visões; o elemento é o fogo; os animais são as criaturas do deserto sem penas;
a meditação deve ser caminhando e sempre expressando a verdade.O instrumento é
o sino e a estação do ano é o verão. As músicas de poder são o remédio para a
recuperação da Alma se estiver enfraquecida. Ser visionário, é orar para si
próprio e para todos, inclusive para a Divina-Mãe-Terra, com verdade e
não-julgamento.
*O Caminho do Curador – sul = estar atento aos atos. É o
caminho do coração, do amor incondicional, da gratidão, do sentimento e
respeito. Os meios humanos são o amor
incondicional e a meditação em posição deitada. O elemento é a terra; os
animais são as criaturas de quatro pernas; o instrumento é o tambor e a atuação
é contar histórias.A estação do ano é a primavera. O Curador se relaciona com
todos usando a consideração, a aceitação e o amor incondicional.
Todos os seres humanos carregam consigo o espírito do
curador, e se nos fechamos, o Curador desaparece. O “curar” é a plenitude do
amor incondicional.
Curar é perder o medo e a culpa, é abrir-se, é “usar” o que é divinal, é a
plenitude e vivência com gratidão.
*O Caminho do Sábio – oeste = estar sempre livre, liberto e aberto mas não se deixar
prender à resultados. O desapego e a abertura ajudam a resgatar os meios ou
recursos humanos da objetividade e da sabedoria. Os meios humanos são a
liberdade e a sabedoria; a meditação deve ser na posição sentada; o instrumento
são ossos e varas; a estação é o outono e o estilo é estar sempre aberto aos
resultados. A atitude do Sábio é a objetividade, o discernimento e a
flexibilidade.
Ser sábio, é confiar na perplexidade da vida e viver com gratidão e alegria.
As tradições xamânicas concebem a manutenção da ótima saúde,
como a manifestação equilibrada de todos os arquétipos. É de vital importância
nessas tradições, estar equilibrado nas quatro áreas: liderança, cura, capacidade
de visão e sabedoria.
Podemos, como seres urbanos, não conhecer as tradições
xamânicas mas somos frutos delas.
Urge, pois, que as respeitemos para
nosso crescimento, evolução e melhor qualidade de vida terrena.
Faça uma avaliação de seu próprio equilíbrio. Você se vê
como um guerreiro, um ser visionário, um curador ou um sábio ?
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Thunna Burnama (Thunkásila Heháka Phá) |