Em 835 de nossa época, a igreja cristã na figura do papa Gregório IV, apossou das festividades de celebração do ano novo Celta em 01 de novembro e inventou o “dia de todos os santos”. Já o dia 31 de outubro era conhecido pelo Povo Celta como Hallow eve( véspera do dia de reverenciar os ancestrais mortos) , onde “hallow” vem da forma “hãlig”(holy= sagrado) no inglês antigo e mais tarde se tornou Hallow’een, com sufixo “een” Escocês.
Acreditava o Povo Celta
que o ano novo celebrado em 01 de novembro, dava-se concomitantemente com o
inicio do Samhaim, 31 de outubro,( celebração que acontecia ao entrar o
inverno, além também de que os espíritos
dos mortos visitam a terra nesta data).
O Povo Celta viveu do
século II ao século III, numa grande região formada pela Inglaterra, Irlanda e
norte da França conhecidas individualmente na época, pelos reinados de
Northtúndrea+Galícia+Mércia, de Eire e de Frankon.
No ano 1009, os papas
Silvestre II e João XVII obrigavam o povo a dedicar um dia para reverenciar os
mortos e em 1015, o papa Leão IX se juntou as iniciativas desses papas, mas
somente no século XIII o dia anual foi estabelecido pela igreja em 2 de
novembro.
Aliás, a igreja cristã
sempre se apropriou de títulos, celebrações, comemorações ou expressões de
outros povos, como, por exemplo, Constantino imperador romano, filho de uma
*pagã Flávia Julia Helena, - que mais tarde foi nomeada pelo filho como
imperatriz de Roma e “santa” da igreja
católica, - ao criar o catolicismo em 325 de nossa época, apossou do termo “patriarca”(chefe de uma família, de instituição ou clã, (de
“pater”=pai+”arkhes”=imperador, soberano, monarca) e criou o título de papa
sendo o primeiro após a sua criação, e também
se apropriou da sabedoria celta
“Triple Law or Law of Three”( Lei Tríplice ou Lei do Três) e criou as “três
pessoas da santíssima trindade”. Essa Lei do Três, representava as três faces
da deusa: filha+mãe+avó. A igreja de Roma substituiu o sagrado feminino pelo masculino, pai+filho+espírito santo, onde só o masculino podia ser cultuado sob
pena de suplício. Daí, a igreja publicou um livro intitulado “O Martelo das
Bruxas(mulheres liberais/sábias” oportunizando a igreja de banir a mulher
liberal, de livre pensamento, com a morte na fogueira. A igreja de Roma sempre
viu o “feminino” com desprezo. A espiritualidade dos tempos idos, até o século
III, surgiu com o Povo Celta, que vivia
livre nas matas cultuando a Mãe-Natureza e buscando sua evolução como Xamãs,
que eram chamados de Druidas. Tinham a clarividência, telepatia e acesso a
outros mundos.
Também a igreja de Roma
fez uma lavagem cerebral nas mulheres forçando o uso do verbo prostituir(do
Latim “prostituo” ) no sentido pejorativo de “viver do sexo”, quando significa:
colocar diante, expor, expor a venda, publicar ou expor à vista,
divulgar.(Dicionário Latino-Português, de Francisco Torrinha, pag.702, 3ª
faixa).
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Prof.Thunna B.Kumara, Xamã |