Para o Povo Inca, o
coração é um órgão que merecia muito respeito por parte de todos, pois que era
considerado “a mente espiritual”do ser. Assim sendo, na época em que o sacrifício
fazia parte de seus rituais, o corpo era descartado, mas o coração era ofertado
na bancada de sacrifícios com especial reverência. Para o Povo Egípcio, ele seria
utilizado pelo morto no além-túmulo, enquanto o cérebro, para ambas as civilizações,
era simplesmente descartado e não merecia qualquer atenção espiritual especial.
É do coração – do sentir -, que provém os pensamentos ou
emoções, bons ou deletérios, e não da mente. Dai, a expressão “de cor”, que
significa “de memória”, uma vez que “cor” em Latim, origem do português, significa
coração, mas também bom senso.Já
no francês a expressão é par coeur =de cor, de memória e no inglês, by
heart, onde coeur e heart significam “coração”.
Čhaŋté em Lakota é “coração”
onde čhaŋ quer significar “ sentimento, canto, afeição” + -té que quer significar “lugar de”. Assim, “lugar
de sentimento, de afeição”.
Čháŋ também significa “árvore”, porque para o Povo Lakota, a
árvore é vida, é nossa irmã na Natureza e nos propicia a vida realizando a
fotossíntese em presença da Luz Solar. Ela liberta o oxigênio no ar para nós seres
carnais e retira o gás carbônico que expiramos. Isso é a simbiose(associação de
dois seres ou organismos, na qual ambos os seres ou organismos recebem
benefícios um do outro).Ela nos fornece o oxigênio e nós, o gás carbônico. È
uma relação de amor incondicional, de fraternidade e carinho, mas,
infelizmente, a maioria dos seres humanos ainda não se deu conta da importância
do Ser Vivo Árvore na Natureza e portanto, na nossa vida: É uma troca de amor
vital, de necessidades de vida, porque
somos todos órgãos da Natureza, filhos da nossa Divina Mãe-Terra. Sem árvore,
sem Sol e sem o Coração, não haveria
vida.
O coração é o órgão pensante
e de sentimentos que silencia a mente do Ser desgarrado das crenças, das
doutrinas, dos pregadores... em busca da recuperação da sua Consciência Divina. Todavia, o ser ainda
agarrado às crenças e doutrinas só conhece a mente, palavras repetitivas
escritas por outrem e a submissão da “hierarquia da falsa luz”do
“astuto-mentiroso.”
O nosso crescimento
espiritual sedia-se no Amor Incondicional, sentimento do coração que nos induz
à expansão da consciência, mas para isso, há de se silenciar a mente, o
cérebro, que é um magnífico servo mas um péssimo senhor. Enquanto o coração, é
a mente espiritual que nos mantém em conexão com a Soberana Fonte do Amor Incondicional
e da Luz Divina; a mente nos conecta à
ganância, à servidão, à busca desenfrenada pelo ter e a destruição de nossas
irmãs árvores.
O coração é a fonte geradora
da vida e alimentadora do amor, e a mente, do ego, imposição e da ociosidade. Ele
projeta a incondicionalidade de amar e sentir, mas nunca julgar.Enquanto a
mente projeta as razões para impor a incondicionalidade de amar e fazer sentir
e é julgadora e condenadora quando não, matadora.
O coração é o “Sopro Espiritual
da Vida Eterna” e a mente “o órgão material temporal da vida”. A mente mente
mas o coração a desmente.
A nossa natureza é a Luz
Divina em busca do verdadeiro sentimento de amor incondicional, da recuperação
de nossa Consciência Divina que está no coração, no EU Divino
Interior.Portanto, o “Coração é o abrigo da Alma e a mente
Espiritual que nos projeta para a vida”.
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Thunna Burnama (Tȟuŋkášila Heȟáka
Pȟá)
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