quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

237. Argiréia

 

As sementes da trepadeira Argiréia Nervosa, contém uma triptamina natural, a Amina de Ácido Lisérgico (LSA) e trata-se de um psicodélico com efeitos similares aos do LSD.  

Não há, absolutamente, comprovação de que a argiréia foi usada do Havaí pelos Huna ou na Índia pelos Vogues, como Planta de Poder. Morei na Índia por cerca de dois anos e três meses, de 1969 à 1971 e não encontrei qualquer fato sobre seu uso em rituais espirituais. É cultivada apenas como planta ornamental e há, inclusive, famílias na Índia, que não permitem o seu plantio em seus quintais residenciais. Mantive correspondência por muito tempo com um amigo que conheci em Kadawatha, no Sri Lanka, que me disse ser perigoso para as crianças, tê-la em casa mesmo como ornamento. Já atendi pessoas em meu espaço xamânico, que faziam uso indiscriminado das sementes de argiréia, encaminhadas a mim por um Xamã ,e que apresentavam distúrbios emocionais e uma vida fora da realidade.  

A mastigação de suas sementes causa efeitos psicóticos, graves descontroles emocionais, inconsciência, desequilíbrio racional e comportamental, bem como fortes náuseas, cólicas e vômitos. Alguns que usaram-na por algum tempo, reclamavam terem tido visão turva temporária. Outras pessoas que a usaram em algum ritual, relataram que se sentiram distanciados de seu Caminho Espiritual e sofreram grandes alterações no seu comportamento habitual e maneira de enxergar os fatos, além de turvação visual. Tiveram também fortes náuseas, fortes cólicas e vômitos. De fato tenho verificado, que as pessoas que a usaram se mostram num comportamento muito racional, estagnados e distanciados da realidade. Não se tem conhecimento no mundo de seu uso como enteógeno.

 A argiréia nasce espontaneamente em alguns países da Ásia e Oceania e a título de expressar o grande desconforto que ela causa ao ser humano, é comum alguns Trabalhadores da Luz dizerem, num certo país que conheci na Ásia,  que “foi trazida a Terra por seres maléficos.”

Prof.Thunna B.Kumara,Xamã